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Jornada sinuosa: o desafio dos pais até o diagnóstico do câncer infantil

Published 05/02/2025

O cantor e compositor canadense Michael Bublé e seu filho Noah - Divulgação

Em 2016, o cantor e compositor canadense Michael Bublé passou por uma das provas mais angustiantes de sua vida. O filho do artista, Noah, então com três anos, foi diagnosticado com um câncer raro no fígado. A notícia mais recente que se tem da criança, hoje com 11 anos, é que a doença estava na fase de remissão. Essa informação foi confirmada pelo próprio Bublé em entrevista ao podcast “Diary of a CEO”, em dezembro de 2023. Ele ainda comentou durante o bate-papo que o diagnóstico do filho mudou sua forma de ver o mundo. “Aquilo foi um soco de realidade. Nunca mais serei uma pessoa despreocupada, e está tudo bem. Existir, para mim, é um privilégio”, pontuou.

A oncopediatra Mariana Dórea (CRM-BA 23.959 e RQE 26.148) destaca que o papel da família no apoio ao tratamento do câncer infantil é fundamental. A médica diz que os familiares serão o apoio dessas crianças, o sorriso que elas esperam encontrar após um dia difícil. “A família tomará todas as decisões relacionadas ao tratamento da criança e deve estar bem emocionalmente. Caso contrário, o processo será bem complicado”, observa. Segundo a especialista, é essencial que os pais possam ser positivos sem enganar os pequenos. Isso inclui falar que a família vai estar lado a lado da criança e tudo vai transcorrer da melhor maneira possível durante o tratamento contra a doença.

Sinais e sintomas que os pais devem ficar atentos
Conforme a oncopediatra, os sinais e sintomas dependem do tipo de câncer. Nos casos da leucemia, a criança pode ter febre persistente, dores ósseas, sangramentos e hematomas no corpo. No linfoma há perda de peso, a presença de febre pode ou não acontecer, ou algum linfonodo aumenta de tamanho e não reduz com uso de antibióticos.

A médica aponta que, nos casos dos tumores cerebrais, a criança pode ter cefaleia de forte intensidade, vômitos, irritabilidade, convulsão. Alguns casos têm estrabismo, ataxia (dificuldade de manter a coordenação motora). Já os tumores abdominais se apresentam com aumento do volume abdominal — dependendo do tipo, pode ou não ter dor.

Mensagem da especialista
Mariana reforça que os pais não devem se perguntar o motivo de o câncer ter acontecido, pois, de acordo com ela, não há uma explicação. “Mantenha sempre os bons pensamentos. Confie no seu oncologista e na equipe que está tratando seu filho. Acredite no processo e o melhor será feito”, finaliza.

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