Infecção urinária: saiba mais sobre sintomas, tratamento e fatores de risco

As infecções urinárias podem ser confundidas com crises de dor por pedras no rim e outros tipos de dores lombar. Além delas, doenças que promovem corrimento uretral como a gonorreia, por exemplo, também podem provocar sintomas de infecção urinária baixa

Samara Felippo e Preta Gil – Divulgação

A atriz Samara Felippo e a cantora Preta Gil são duas personalidades famosas que já foram hospitalizadas devido a infecção urinária. De acordo com o médico Luis Felipe Paschoali, o problema é causado por bactérias da flora intestinal e a mais comum é a Escherichia coli. “Os sintomas são dores ou ardência ao urinar (disúria), dor no “pé da barriga”, sensação de não ter urinado tudo que precisava, urinar várias vezes ao dia em pequena quantidade. Em casos mais graves, dor lombar e febre”, explica.

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Paschoali esclarece que as infecções urinárias podem ser classificadas em baixa ou alta. Cistite é o nome da infecção urinária baixa que acomete apenas a bexiga. Já a infecção urinária alta é aquela que afeta os rins, chamada de pielonefrite, causando dor nas costas e febre. “Também podem desencadear sepse, uma resposta imunológica inadequada e exagerada do sistema imune da pessoa, que é grave e pode ser potencialmente fatal. É importante lembrar que os sintomas da cistite, nestes casos, podem não estar presentes”, ressalta.

O médico reforça que o indivíduo com incontinência urinária está mais propenso no desenvolvimento da infecção, já que a urina é um meio de cultura, e um ambiente ideal para o crescimento bacteriano. No entanto, Paschoali salienta que as pessoas que sofrem com esse problema tendem a possuir roupas íntimas sempre úmidas, o que facilita o aumento da bactéria e, consequentemente, o risco maior de infecção. Nestes casos é recomendado utilizar peças de algodão e realizar diversas trocas durante o dia. Além disso, pode haver mudança na cor e no cheiro da urina.

O Ministério da Saúde afirma que o tratamento requer o uso de antibióticos que serão escolhidos conforme o tipo de bactéria encontrada no exame laboratorial de urina.

Problema atinge mais as mulheres
O médico diz que isso acontece pelo fato de a uretra feminina ser mais curta e ter uma proximidade maior com o ânus do que a uretra dos homens. “A migração de bactérias do ânus para a uretra é mais fácil, o que permite que elas penetrem no trato urinário com maior facilidade”, aponta.

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Dr. Luis Felipe Paschoali – Divulgação

O especialista enfatiza que uma boa higiene anal, de preferência lavar o ânus após evacuar ou utilizar lenços umedecidos, é essencial. Ele orienta que se o papel higiênico for utilizado, o ideal é limpar no sentido de frente para trás, para não arrastar as bactérias para a região da vagina. “Ter relações sexuais, principalmente sexo anal, com preservativos. Além de manter a uretra sempre seca, o que significa secar após urinar”, recomenda.

Fatores de risco
Luis Felipe comenta que a urina parada na bexiga se torna um meio de cultura para o crescimento bacteriano, portanto, pessoas que possuem obstrução do trato urinário, seja pedra ou próstata aumentada, por exemplo, têm mais chance de desenvolver infecção urinária.

Outro fator de risco citado por Paschoali é o uso de cateteres urinários, como sondas vesicais ou cateteres “duplo J”, também estão mais suscetíveis a desenvolver a doença. “Ingerir uma quantidade adequada de líquido por dia é importante para estimular a diurese e “lavar” o trato urinário, pois segurar a urina por longos períodos não é indicado”, finaliza.

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