Câncer de mama é o tipo mais incidente entre as mulheres

Números do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam para cada ano do triênio 2023–2025, 73.610 casos novos da doença

Ana Furtado e Patrícia Pillar venceram a batalha contra o câncer de mama

A apresentadora Ana Furtado e a atriz Patrícia Pillar são duas personalidades que venceram a batalha contra o câncer de mama. Neste mês, o mundo se une para falar sobre o Outubro Rosa, campanha que conscientiza o público feminino sobre a doença e a importância da detecção precoce. É um movimento que traz informações acerca dos fatores de risco, métodos de prevenção e a relevância de exames regulares, como a mamografia.

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Além disso, também busca desestigmatizar o problema e apoiar aquelas que estão enfrentando o tratamento. A oncologista Maria Cristina Figueroa Magalhães (CRM-PR 22.643 e RQE 19.751) ressalta que o autoexame das mamas é uma prática importante, mas não deve ser visto como a única forma de detecção precoce, pois se trata de um complemento da mamografia, que é mais eficaz. “O câncer de mama se desenvolve a partir de células mamárias que crescem descontroladamente, formando um tumor.

Fatores de risco incluem idade, histórico familiar de câncer de mama, mutação genética (BRCA1 e BRCA2), primeira menstruação precoce e/ou menopausa tardia (longa exposição hormonal), nunca ter engravidado, exposição à radiação (radioterapia enquanto em idade jovem), obesidade, consumo excessivo de álcool e inatividade física”, aponta.

Ela lembra também que as diretrizes das Sociedades Brasileira de Oncologia Clínica e Médica de Mastologia recomendam que mulheres a partir de 40 anos façam mamografias regulares, além de estarem atentas a qualquer alteração nas mamas. Maria Cristina conta que existem estudos indicando um aumento expressivo da doença em mulheres mais jovens.

Contudo, pelo Ministério da Saúde, o indicado é que as mamografias sejam feitas a partir dos 50 anos e de forma bianual. A oncologista reforça, no entanto, a existência de uma lei no país que permite às mulheres a realização da mamografia aos 40 anos.

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Descobrindo nódulos e tratamento
A especialista explica que o nódulo na mama pode ser percebido como um caroço ou área endurecida. Outras alterações englobam mudanças na forma, tamanho ou contorno, secreção do mamilo, ou alterações na pele. Ela enfatiza que é essencial consultar um médico se notar qualquer alteração.

A oncologista Maria Cristina Figueroa Magalhães

De acordo com Maria Cristina, o tratamento pode ser bastante eficaz, especialmente quando diagnosticado no início. “O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapias-alvo. O prognóstico varia conforme o estágio onde a doença é detectada e o subtipo molecular do tumor (triplo negativo, luminal ou com hiperexpressão do HER2)”, esclarece.

Tipos de câncer de mama

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Carcinoma ductal invasivo: o mais comum, que se origina nos ductos mamários.
Carcinoma lobular invasivo: começa nas glândulas produtoras de leite.
Câncer de mama com hiperexpressão do HER2.
Câncer de mama inflamatório: raro e agressivo, causa vermelhidão e inchaço.
Câncer de mama luminal: expressa os receptores hormonais (estrogênio e progesterona).
Carcinoma triplo-negativo: não tem receptores hormonais. É comum em mulheres mais jovens e afrodescendentes.

Equilíbrio emocional
A oncologista destaca que manter e fortalecer o equilíbrio emocional na luta contra o câncer de mama envolve buscar apoio de amigos e familiares, além da equipe de profissionais envolvida nos cuidados oncológicos. Considerar grupos de apoio, e, se necessário, procurar ajuda profissional. “Práticas como meditação, exercícios físicos e atividades de lazer também podem ajudar a aliviar o estresse. Focar na saúde mental é fundamental para lidar com o tratamento e a recuperação”, finaliza.

 

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