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Zezé Motta fala de processo de embranquecimento e racismo: ‘Chorei e me emocionei’

Atriz fez um relato emocionante sobre situações em que viveu essas situações

Zezé Motta – reprodução/instagram

Zezé Motta recorreu a suas redes sociais nesta quinta-feira, 08/04, para escrever um relato sobre o racismo. A atriz contou que não conteve as lágrimas quando relembrou algumas dessas situações.

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“Essa semana chorei, me emocionei, revive momentos que me fizeram soluçar. Por isso um tbt de quando sai do Brasil de peruca Chanel e voltei assumindo um Black Power. O meu cabelo me incomodava, minhas amigas diziam que meu cabelo era duro, além do meu nariz, chato”, descreveu.

Ela segue dizendo: “Passei por um processo de embranquecimento. Tentei de tudo! Foi preciso ir a Nova York em 1969 para ver que não precisava ter cabelo liso ou usar peruca chanel para ser bonita. Foi em pleno Movimento Black is Beautiful. Olhava para aqueles homens, aquelas mulheres, todo mundo lindo. Eu não tinha discurso, não via os negros com a cabeça erguida aqui no Brasil. Lá nos EUA, eles andavam de cabeça erguidíssima”, contou.

E finaliza: “Depois de muita reflexão eu pensava: porque a gente se acha feio no Brasil? Nós, negros. Cheguei à conclusão de que diziam que nós éramos feios e nós acreditávamos. O que posso dizer é que já dei muita cotovelada e hoje acho me sinto forte feito cobra coral. Psi: a primeira foto, eu toda toda circulando pelo Rio em meados dos anos 70, e a segunda foto, o momento que retornei ao Brasil, em 69, com uma peruca back Power”, informou.

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