O padre Júlio Lancellotti usou as redes sociais para fazer uma denúncia grave sobre ataques. O religioso virou alvo de críticas após uma missionária da Canção Nova, comunidade católica sediada em Cachoeira Paulista, São Paulo, compará-lo ao padre de Osasco, indiciado por tentativa de golpe de Estado no país.
Segundo o religioso, as ofensas começaram na segunda-feira, 25/11, quando a mulher, que se identificava como católica, pregadora, roteirista e produtora da TV Canção Nova, fez a comparação entre os padres. “Ela me elegeu para detonar com injúrias. Me surpreende por vir de uma pessoa que se diz católica, que prega o catolicismo, mas é violenta e ataca”, disse Júlio ao g1.
E completou: “Ela me atacou para defender o padre José Eduardo (o padre indiciado), sendo que não me referi a ele e nem a ela. Ele é apenas um irmão no presbitério. Nunca me referi a ele, mas mesmo assim ela me comparou e desqualificou de forma injusta, por isso decidi colocar a público”.
Pedido de desculpas
Ainda mais, Julio revelou que o padre Wagner Ferreira, presidente da Canção Nova, e Luzia Santiago, cofundadora, entraram em contato e pediram desculpas. “O Padre Wagner Ferreira me ligou para se desculpar e frisar que essa não é a postura da instituição. A Luzia Santiago também foi muito afetuosa. Disse que não era o pensamento da instituição, que tem carinho por mim, assim como o padre Jonas tinha”, contou.
Em nota, a Canção Nova se pronunciou sobre o caso: “A Canção Nova não adota nem aceita discurso de ódio em suas redes, de forma que a referida postagem não representa a opinião da instituição, que reitera seu respeito pelo padre Júlio Lancellotti. Posicionamentos controversos de seus membros nas redes sociais, em perfis próprios, expressam apenas manifestações pessoais. A missionária e produtora da emissora católica foi ouvida pelo departamento formativo da instituição e devidamente orientada.”
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