Nesta terça-feira, 18, Hana Khalil, de 28 anos, usou o feed de seu perfil oficial do Instagram para denunciar uma importunação sexual que vivenciou no último domingo, 16. A ex-BBB relatou que, durante um passeio com o namorado em um restaurante, um homem que aparentava ter entre 50 e 60 afastou o short e mostrou o pênis enquanto a encarava.

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A influenciadora também apontou o uso de substâncias ilícitas por parte do homem.

“Não bastava minha avó ter morrido no sábado, no domingo, eu sofri um crime de importunação sexual num restaurante. Eu não queria estar tendo que falar disso aqui agora, nesse momento. No domingo, às quatro e meia da tarde, eu fui para um restaurante novo aqui perto. Sentei lá com o Dani, meu namorado, na tentativa de comer alguma coisa, me distrair um pouco, respirar um ar. Sentei ali para desopilar mesmo. Quem já viveu um luto sabe o quanto a gente fica aéreo, distraído, o corpo fica dormente”, iniciou ela.

“Meu coração estava muito na minha avó, na minha mãe, na minha família. Enfim, eu estava, de fato, em outro planeta. Eu nem tinha reparado o cara perto de mim. O Daniel estava sentado na minha frente, estava fazendo palhaçadas para eu rir. A gente estava num clima leve, eu estava começando a relaxar. […] Aí o meu olhar de relance, vê esse homem que devia ter uns cinquenta, sessenta anos, deduzi eu, ele estava afastando o short dele, me mostrando o pênis, de perna aberta e olhando para a minha cara. Toda mulher sabe qual é esse olhar, né? Um olhar que analisa o seu corpo e olha para o seu olho. Dentro do seu olho, olhando para o seu corpo, olhando para essa região aqui, olhava para as minhas pernas. E olhava para mim e ficava afastando a perna o tempo todo”, relatou.

“Naquele momento eu pensei, não estou acreditando que eu vou ter que viver isso agora. Engraçado que, por eu também saber como as coisas funcionam e como a justiça é e como funciona a validação em torno de uma agressão como essa, acho que o pior de tudo é você acabar de ser agredida e você pensar, nossa, eu preciso provar isso, porque senão vão me desqualificar. Vão desqualificar o que eu estou falando”, lamentou.

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“Enquanto ele mostrava o pênis e afastava e me olhava, ele cheirou duas vezes um potinho. Eu decidi pegar meu celular, fingir que eu estava tirando foto minha, me filmando de selfie… Assim que eu consegui filmar [a situação]. Aí eu comecei a gravar, já falando com o cara”, continuou.

 “O cara fugiu, o segurança disse que tentou ir atrás dele, mas o cara saiu andando. Eu não entendi nada, sabe? A gente perdeu ele de vista. Eu fiz um boletim de ocorrência, fui à delegacia. É foda ter que estar fazendo isso no luto da minha avó, sabe? Enfim, não podia simplesmente deixar de registrar para que isso não aconteça com outras pessoas, para que ele já seja identificado. Dá para ver claramente, graças a Deus eu tinha meu telefone na hora. Eu pude filmar”, acrescentou.

“É muito louco que a minha recomendação para mulheres que foram vítimas desse tipo de coisa, ou são vítimas desse tipo de coisa, é que elas precisam tentar gravar a situação, tentar provar de alguma forma. Se eu não tivesse um vídeo… Eu não sei o nome dele. Mas, pelo que a gente entendeu, ele já circula a área aqui”, disse ainda.

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“Precisei verbalizar isso como forma de alerta e um incentivo às denúncias desse tipo de agressões quase diárias. Minha comunidade feminina vem sempre confiando em mim e se vulnerabilizando, me senti na necessidade de dividir como vítima, afinal, todas nós pensamos em ficar em silêncio e isso só desmobiliza o problema. Isso é a realidade de várias mulheres que pegam transporte publico todos os dias e eventualmente não conseguem provar ou denunciar sem dados. obs: não postei o vídeo inteiro por motivos de segurança; o caso já está na polícia”, escreveu a ex-BBB na publicação.

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JULIANA GARDESANI é jornalista, tem 31 anos e é formada pela UNINOVE. Tem passagens pelo UOL (Splash), Vogue Brasil e Glow News, além de já ter trabalhado em assessorias de imprensa. Escreve há seis anos sobre moda, beleza, televisão e celebridades