Nesta quinta-feira, 03/10, o jornalista Cid Moreira morreu aos 97 anos, deixando um enorme legado para a comunicação. Dono de uma voz potente, ele foi locutor por muitos anos e marcou gerações, que reconhecia o timbre dele em qualquer projeto. Mas, para garantir o sucesso, ele tinha um cuidado secreto com sua voz.
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Antes de morrer, Cid contou ao jornal Extra, em 2021, o que fazia para manter a boa saúde vocal. “Antigamente, levava comigo um pouquinho de sal num tubinho de madeira. Lembro que Chico Anysio sempre me pedia uma pitada. Certo dia, apresentando a cantora Elizeth Cardoso na rádio, ela me indicou o cravo-da-Índia. Experimentei e achei melhor do que o sal. Só que ganhei uma gengivite”, disse.
E completou: “Depois, descobri o gengibre, o melhor de todos. Estou sempre mascando um pedaço. É adstringente, faz bem. Hoje em dia, tenho pleno domínio da minha voz”
Sucesso de família?
Ainda mais, na época, ele revelou que ‘penou’ bastante no início da carreira e destacou que foi o irmão quem brilhou na TV antes dele.
“Meu irmão, Célio Moreira, ganhou fama na TV antes de mim por causa da voz. Ele dublava os bonequinhos do Borjalo, um caricaturista, e a Zebrinha, do ‘Fantástico’. Eu penei muito com esse meu timbre, porque na rádio meus colegas sempre tinham a voz mais aguda, e eu me sentia na obrigação de acompanhá-los no tom, forçando a garganta. Já perdi a voz várias vezes, sentia muita dor de garganta, mas nunca tive calos nas cordas vocais”, relembrou.