Publicidade
Quem levará a estatueta dourada mais cobiçada do cinema? – Divulgação

Hoje é dia de sabermos quem serão os vencedores da 92ª edição do Oscar. A TNT começa a sua transmissão a partir do tapete vermelho, às 20h30, sob o comando de Carol Ribeiro e Hugo Gloss, trazendo todos os detalhes dos looks e entrevistas com os convidados e indicados. A tradução simultânea fica por conta de Regina McCarthy e Robert Greathouse. Já a jornalista Aline Diniz, recém contratada da emissora, estará ao lado do ótimo Michel Arouca, comentando a grande noite. Detalhe: quem perder a cerimônia logo mais poderá conferir a reapresentação na segunda 10/02, a partir das 8h54. A Globo só exibirá a festa depois do futebol, por volta da 0h30. Antes disso o público poderá conferir tudo pelo G1 ou no Globoplay, a partir das 20h. Primeiro, o humorístico Fora de Hora fará esquetes especiais sobre o tema. Às 22h começa a cobertura da entrega dos prêmios, com Maria Beltrão, Arthur Xexéu e Dira Paes, direto do Dolby Theatre, em Los Angeles.
O Oscar 2020 não terá um apresentador principal pelo segundo ano consecutivo, o que é ótimo e não faz a menor falta. Serão ao todo 24 categorias premiadas e os destaques são os filmes Coringa (com 11 indicações), 1917, O Irlandês e Era Uma Vez em… Hollywood (todos com 10), Parasita, História de um Casamento, Jojo Rabbit e Adoráveis Mulheres, cada um com seis. O Brasil será representado na cerimônia pela diretora Petra Costa, que concorre a Melhor Documentário por Democracia em Vertigem. Abaixo seguem os indicados e também dois ou três pontos sobre os nove longas que concorrem a Melhor Filme.

Publicidade

Melhor Filme
1917

É o grande favorito da noite. Uma produção realmente admirável pela capacidade de fazer o espectador acreditar que a história foi realmente filmada num único plano sequência. Esse recurso fez com que a gente seguisse muito intimamente e em tempo real a dramática jornada dos dois protagonistas, o excelente George MacKay e Dean-Charles Chapman. Realmente um triunfo do cineasta Sam Mendes (que também deve levar o seu troféu) e do o diretor de fotografia Roger Deakins. Mas nada disso teria valido a pena se 1917 também não tivesse uma história maravilhosa inspirada num caso real vivido pelo avô do diretor), narrada com a mesma precisão cirúrgica dos recursos técnicos.

Adoráveis Mulheres
Belo trabalho da diretora Greta Gerwig (ignorada em sua categoria), com um elenco soberbo (Saoirse Ronan e Florence Pugh estão indicada como atriz protagonista e coadjuvante) e qualidades técnicas inegáveis. É uma versão muito bem feita do clássico de Louisa May Alcott, mas, muito pessoalmente, gosto mais da versão de 1994, dirigida por Gillian Armstrong.

Coringa
Foi o grande filme de 2019, o mais falado, o mais criticado, o mais polêmico. Só por isso já merecia vencer o Oscar em todas as categorias em que concorre. Mas duas são praticamente certas: Melhor Ator para Joaquin Phoenix e Trilha Sonora para Hildur Guõnadóttir. A atuação de Joaquin já foi descrita como a melhor da história do cinema e realmente é complicado descrever todas as camadas e potências que esse ator sempre genial imprimiu em sua performance. Se ele não ganhar será a maior surpresa e a pior injustiça dos quase 100 anos da Academia de Artes e Ciências de Hollywood. De qualquer forma o filme é realmente impactante e causa tantas impressões que merece ser visto mais de uma vez para assimilar tudo o que o diretor Todd Phillips joga na tela.

Era Uma Vez Em… Hollywood
Apesar de Brad Pitt estar levando todos os prêmios como coadjuvante e o mesmo deve acontecer no Oscar, ele é tão protagonista quanto Leonardo DiCaprio e sua atuação nem chega aos pés de seu colega de cena. Se não fosse por Joaquin Phoenix minha torcida iria para Leo. É um ótimo filme, talvez mais longo do que o necessário, mas achei superestimado pela enormidade de prêmios que levou. Tanto o roteiro e a direção de Quentin Tarantino têm muito valor, claro, mas não superam os trabalhos de seus concorrentes.

Publicidade

Ford vs Ferrari
Filmaço! Mais uma atuação magistral de Christian Bale, cenas de corrida de tirar o fôlego, numa história humana e muito bem realizada. Mas não merecia estar entre os nove indicados a Melhor Filme. Em seu lugar poderia figurar obras bem mais emblemáticas como Dois Papas, Rocketman e Meu Nome é Dolemite.

História de Um Casamento
Mais um aceto de Noah Baumbach, um diretor diferenciado que não errou até agora. O filme tem o tom dramático de Kramer vs Kramer (1979) e a ironia dos filmes de Woody Allen, mas com a marca registrada de Baumbach: a capacidade de desnudar a alma de seus personagens e extrair atuações vicerais de seu elenco. Adam Driver e Scarlett Johansson estão magistrais e Laura Dern dificilmente perderá o Oscar de Atriz Coadjuvante, apesar de minha torcida ir para Scarlett Johansson, como a mãe maravilhosa de Jojo Rabbit.

O Irlandês
Uma ópera cinematográfica. Assim é esse filme espetacular do mestre Martin Scorsese, estrelado pelos geniais Robert De Niro (o grande injustiçado do ano, já que merecia pelo menos a indicação a Melhor Ator), Al Pacino e Joe Pesci (ambos nominados como coadjuvantes). O Irlandês deve sair da cerimônia de mãos abanando, mas merecia pelo menos um Oscar especial pelo conjunto da obra. Um filme que, certamente, ganhará muito mais valor com o tempo.

Publicidade

Jojo Rabbit
Um comédia sobre o Nazismo, tendo Hitler como um dos personagens centrais, o amigo imaginário do protagonista, um menino de dez anos? Uma tarefa complicada, que o diretor, roteirista e também ator (ele faz Hitler, brilhantemente), Taika Waitiki realizou com maestria. Jojo Rabbit é o melhor filme de 2019, numa safra impressionante de filmes como há muito tempo não temos em nossas telas. Pelo menos o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, esse longa-metragem deveria ganhar, mas Scarlett também deveria sair com o seu de Atriz Coadjuvante porque sua atuação é de um encanto sem fim. Destaque também para o hipnótico intérprete de Jojo, Roman Griffin Davis, e para Sam Rockwell (ótimo também em O Caso Richard Jewell), Thomasin McKenzie e o fofíssimo Archie Yates, que vive Yorki, o melhor amigo do protagonista. Jojo Rabbit com o tempo só confirmará aquilo que já sabemos: é uma obra-prima.

Parasita
Como não se apaixonar por uma história como a contada por Bong Joon Hoo nesse filme sensacional? Quantas vezes você assistir a Parasita, novas características descobrirá nesse longa-metragem superlativo. Não é à toa que Parasita é o filme não falado em inglês com o maior número de indicações ao Oscar em todos os tempos e a maioria dela em categorias nobres. Seria histórico se ele fosse premiado não só como Filme Internacional como também a Melhor Filme e Bong levar o seu de diretor. Num ano de produçlões tão maravilhosas, o longa coreano trouxe frescor, inteligência, dinâmica e ousadia para nossas telas. Muito obrigado.

Melhor Diretor
Bong Joon Ho (Parasita)
Martin Scorsese (O Irlandês)
Quentin Tarantino (Era Uma Vez Em… Hollywood)
Todd Phillips (Coringa)
Sam Mendes (1917)

Publicidade

Melhor Ator
Antonio Banderas (Dor e Glória)
Leonardo DiCaprio (Era Uma Vez Em… Hollywood)
Adam Driver (História De Um Casamento)
Joaquin Phoenix (Coringa)
Jonathan Pryce (Dois Papas)

Melhor Atriz
Cynthia Erivo (Harriet)
Charlize Theron (O Escândalo)
Renée Zellweger (Judy)
Saoirse Ronan (Adoráveis Mulheres)
Scarlett Johansson (História De Um Casamento)

Melhor Ator Coadjuvante
Al Pacino (O Irlandês)
Anthony Hopkins (Dois Papas)
Brad Pitt (Era Uma Vez Em… Hollywood)
Joe Pesci (O Irlandês)
Tom Hanks (Um Lindo Dia na Vizinhança)

Publicidade

Melhor Atriz Coadjuvante
Florence Pugh (Adoráveis Mulheres)
Kathy Bates (O Caso de Richard Jewell)
Laura Dern (História De Um Casamento)
Margot Robbie (O Escândalo)
Scarlett Johansson (Jojo Rabbit)

Melhor Roteiro Original
Bong Joon Ho e Han Jin Won (Parasita)
Noah Baumbach (História De Um Casamento)
Quentin Tarantino (Era Uma Vez Em… Hollywood)
Rian Johnson (Entre Facas e Segredos)
Sam Mendes & Krysty Wilson-Calma (1917)

Melhor Roteiro Adaptado
Anthony McCarten (Dois Papas)
Greta Gerwig (Adoráveis Mulheres)
Taika Waititi (Jojo Rabbit)
Todd Phillips & Scott Silver (Coringa)
Steven Zaillian (O Irlandês)

Melhor Fotografia
Jarin Blaschke (O Farol)
Lawrence Sher (Coringa)
Robert Richardson (Era Uma Vez Em… Hollywood)
Rodrigo Pietro (O Irlandês)
Roger Deakins (1917)

Melhor Design de Produção
Barbara Ling e Nancy Haigh (Era Uma Vez Em… Hollywood)
Bob Shaw e Regina Graves (O Irlandês)
Dennis Gassner e Lee Sandales (1917)
Lee Ha Jun (Parasita)
Ra Vincente e Nora Sopková (Jojo Rabitt)

Melhor Edição
Andrew Buckland e Michael McCusker (Ford vs Ferrari)
Fred Raskin – “Era Uma Vez Em… Hollywood”
Jeff Groth (Coringa)
Thelma Schoonmaker (O Irlandês)
Yang Jinmo (Parasita)

Melhor Figurino
Arianne Phillips (Era Uma Vez Em… Hollywood)
Jacqueline Durran (Adoráveis Mulheres)
Mayes C. Rubeo (Jojo Rabitt)
Mark Bridges (Coringa)
Sandy Powell e Christopher Peterson (O Irlandês)

Melhor Cabelo e Maquiagem
1917
Coringa
O Escândalo
Judy
Malévola: Dona do Mal

Melhores Efeitos Visuais
1917
O Irlandês
O Rei Leão
Star Wars: A Ascenção Skywalker
Vingadores: Ultimato

Melhor Animação
Como Treinar o seu Dragão 3
Klaus
Link Perdido
Perdi Meu Corpo
Toy Story 4

Melhor Filme Estrangeiro
Corpos Christi (Polônia)
Les Misérables (França)
Dor e Glória (Espanha)
Honeyland (Macedônia do Norte)
Parasita (Coreia do Sul)

Melhor Canção Original
Diane Warren (I’m Standing With You) por Superação: O Milagre da Fé
Elton John e Bernie Taupin (I’m Gonna) Love Me Again) por  Rocketman
Joshua Brian Campbell e Cynthia Erivo (Stand Up) por Harriet
Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez (Into the Unknown) por Frozen 2
Randy Newman (I Can´t Let You Throw Yourself Away), por Toy Story 4

Melhor Trilha Sonora
Alexandre Desplat (Adoráveis Mulheres)
Hildur Guðnadóttir (Coringa)
John Williams (Star Wars: A Ascenção Skywalker)
Randy Newman (História de um Casamento)
Thomas Newman (1917)

Melhor Mixagem de Som
Mark Taylor e Stuart Wilson (1917)
Gary Rydstrom, Tom Johnson e Mark Ulano (Ad Astra – Rumo às Estrelas)
Tom Ozanich, Dean Zupancic e Tod Maitland (Coringa)
Michael Minkler, Christian PO. Minkler e Mark Ulano (Era Uma Vez em… Hollywood)
Paul Massey, David Giammarco e Steven A. Morrow (Ford vs. Ferrari)

Melhor Edição de Som
Oliver Tarney e Rachael Tate (1917)
Alan Robert Murray (Coringa)
Wylie Stateman (Era Uma Vez em… Hollywood)
Donald Sylvester (Ford vs. Ferrari)
Matthew Wood e David Acord (Star Wars: A Ascenção Skywalker)

Melhor Documentário
American Factory (Steven Bognar, Julia Reichert e Jeff Reichert)
The Cave (Feras Fayyad, Kristine Barfod e Sigrid Dyekjaer)
Democracia em Vertigem (Petra Costa, Joanna Natasegara, Shane Boris e Tiago Pavan)
For Sama (Waad Al-Kateab e Edward Watts)
Honeyland (Uubo Stefanov, Tamara Kotevska e Atanas Georgiev)

Melhor Documentário de Curta-Metragem
In The Absence (Yi Seung-Jun e Gary Byung-Seok Kam)
Learning to Skateboard in a Warzone (If You´re a Girl) (Carol Dysinger e Elena Andreicheva)
Life Overtakes Me (John Haptas e Kristine Samuelson)
St. Louis Superman (Smriti Mundha e Sami Khan)
Walk Run Cha-Cha (Laura Nix e Colette Sandstedt)

Melhor Curta-Metragem
Brotherhood, de Meryam Joobeur
Nefta Football Club, de Yves Piat
The Neighbors’ Window, de Marshall Curry
Saria, de Bryan Buckley
A Sister, de Delphine Girard

Melhor Animação em Curta-Metragem
Decera (Daughter) (Daria Kascheeva)
Hair Love (Mathew A. Cherry e Karen Rupert Toliver
Kitbull (Rosana Sullivan e Kathryn Hendrickson)
Memorable (Bruno Collet e Jean-François Le Corre)
Sister (Siqi Song)