Isabelle Drummond e Letícia Colin festejam a edição especial da novela Novo Mundo
Atrizes relembram suas cenas favoritas e momentos dos bastidores da trama das 18h
Atrizes relembram suas cenas favoritas e momentos dos bastidores da trama das 18h
As atrizes Isabelle Drummond e Letícia Colin estão animadas com a reexibição da novela Novo Mundo na Globo. Por causa da interrupção das gravações da emissora após a pandemia de coronavírus, a trama das 18h, exibida em 2017, volta ao ar em uma edição especial antes da estreia da nova novela Nos Tempos do Imperador, que foi adiada.
As duas estrelas confessaram que ficaram surpresas com a notícia de que a novela iria voltar ao ar. Na trama, Isabelle deu vida para Anna Millman, uma jovem inteligente, forte e culta, que é a professora de português da princesa Leopoldina, interpretada por Letícia Colin, casada com Dom Pedro I (Caio Castro). Confira as entrevistas:
ISABELLE DRUMMOND
– O que você achou de Novo Mundo ter sido escolhida para ser exibida neste momento?
Adorei essa notícia. Apesar do momento difícil, a arte nos cura muito. Acho que, no que pudermos nos ajudar nesse momento, melhor. ‘Novo Mundo’ é uma novela especial. A personagem Anna Millman foi muito importante dramaticamente, e seu diário, muito poético. É o olhar dela sobre toda essa história. Ela é muito forte. E a história do Brasil precisa ser contada. É lindo esse enredo.
– Qual cena gostaria de rever? E que lembranças você guarda da época?
Quero rever algumas cenas como a do tiro em Joaquim (Chay Suede) no barco e as nossas lutas, pois foram muitas madrugadas gravando naquele barco. O barco é uma dessas lembranças com certeza. O elenco se uniu muito para todas aquelas lutas. Fizemos quase tudo, mas nos treinaram muito antes. Foi a melhor preparação de novela que já fiz.
– O que aprendeu com sua personagem?
Ah, muitas coisas! Anna é arte pura. Gostava de poesia, pintura e contemplava a natureza, obra de Deus. E além disso, tirava uma lição de tudo o que vivia. Aprendi muito com ela.
– Como foi a experiência de trabalhar com esse elenco e equipe?
Foram muitos encontros lindos. Dhu Moraes, Rodrigo Simas, meu querido irmão, Leticia Colin, Chay Suede. Todos uns queridos, além dos diretores que adoro, Vinícius Coimbra, Bruno Safadi. Só tinha gente do bem.
LETÍCIA COLIN
– Fale um pouco sobre a experiência de interpretar Leopoldina em ‘Novo Mundo’. O que você destaca na personagem?
Leopoldina é uma personagem complexa, tinha um pensamento avançado para o tempo. Foi uma governante admirável. Na novela, vamos poder acompanhar o quanto ela foi importante para o desenvolvimento do país e o quanto sua conduta é inspiradora. Era muito voltada para educação, cultura e ciência, uma humanista. É lindo ter esse exemplo. Estamos falando de 1817, essa personagem é muito rica em todos os sentidos. Era uma princesa, totalmente subjugada aos costumes da época, de subserviência ao marido e à cultura machista do patriarcado. A função dela era ter filhos e dar continuidade à família. Tem também esse lado todo conservador. Era amante de cavalos e de cavalgadas. Uma figura histórica muito interessante, forte e, ao mesmo tempo, frágil. Ela abre mão do convívio com a família dela, na Áustria, e vem para um país muito distante.
– Quais cenas mais te marcaram?
Eu adoro as cenas da Leopoldina jogando bilha. Foi uma surpresa descobrir que o esporte do bilhar era uma coisa da realeza. Tivemos uma cena na novela da gente tentando jogar sinuca no navio. Foi muito curioso! Porque como se joga em um navio? As cenas com a filha também eram lindas, assim como as com os funcionários da casa, a Dalva (Mariana Consoli), a Lurdes (Bia Guedes), quando ela desabafava. Achava bonita essa relação. Ela conseguia se abrir.
– O que achou do anúncio sobre a edição especial da novela?
Achei muito pertinente. Precisamos conhecer muito mais a história do nosso país, e a figura de Leopoldina é inspiradora nesse tempo em que as referências de governantes são tão decadentes. Ela era realmente uma mulher notável, com muitas qualidades e aspectos positivos para gente se espelhar.
– Qual foi o maior desafio ao fazer a novela?
É sempre muito desafiador fazer novela de época, porque tem um rigor e um cuidado com os signos e códigos todos da época. Então estudamos desde boas maneiras para entender aquele gestual, os pratos na hora do jantar. Tivemos aulas de montaria, de espada. Era uma novela feita com muita leveza e muito amor. Um bastidor muito agradável. Eu tenho as melhores memórias do mundo dessa época. Fomos muito felizes fazendo a novela.
– Como será rever ‘Novo Mundo’?
Estou feliz porque agora vou pode assistir. Tenho um carinho enorme pela Isabelle Drummond, uma atriz que admiro desde sempre. Então, vou poder rever esse trabalho dela, que está muito bem como a Anna Millman. O meu parceiro, Caio Castro, que faz um brilhante Dom Pedro I. Fomos muito felizes fazendo essa novela. Tem ainda o Chay Suede e a Ingrid Guimarães, que é uma pessoa que também conheci por causa da novela. O personagem que ela faz, a Elvira, é uma coisa inesquecível. Qualquer cena dela eu adoraria rever, acho muito bem humorado, divertido e bem feito. Também adorava as cenas do Quinzinho (Theo de Almeida). O Theo era muito jovem e talentoso. Ficávamos muito comovidos com o trabalho dele, o envolvimento, a dedicação, a paixão que ele tinha para ir gravar todos os dias. Tem um monte de coisa boa nessa novela pra gente curtir.