Juliana Didone expõe violência que sofreu em parto de sua filha
Juliana Didone é mãe de Liz, de sete anos

Juliana Didone é mãe de Liz, de sete anos
Nesta segunda-feira, 7, Juliana Didone fez relato sobre o nascimento de sua filha Liz, de 7 anos. A atriz havia programado um parto humanizado, mas tudo se transformou em dor e violência obstétrica.
Em entrevista a Veja, a artista contou que, inicialmente, desejou realizar um parto humanizado para ser mais especial. Juliana procurou um profissional com experiência para estar em um ambiente seguro para ela e sua filha, porém, no momento em que começou a sentir contrações, ela entrou em trabalho de parto e a situação acabou saindo do controle.
“A doula só chegou pela manhã, e a enfermeira, ao verificar minha baixa dilatação, simplesmente foi embora. Permaneci naquele estado, com dores intensas, assustada e sem compreender o processo. E a médica não aparecia. Na manhã seguinte, liguei para minha ginecologista pedindo para ir ao hospital, pois decidi pela cesárea. A equipe pedia calma, mas eu já estava exausta, ansiosa, sem dormir, sem forças. No hospital, aplicaram anestesia local para amenizar a dor, que durou do meio-dia às 21h. A equipe estava cansada, com uma pessoa dormindo no sofá. A situação estava fora de controle”, contou Juliana.
Ainda em trabalho de parto, a médica decidiu usar um kiwi, dispositivo usado para ajudar no parto vaginal por meio de sucção e ainda, colocou um funk para “animar” o clima tenso.
“Para retirar minha filha, ela aplicou uma força descomunal no instrumento, com os pés apoiados entre duas camas e mais duas pessoas auxiliando. Dizia: ‘É um crossfit’, enquanto eu estava à mercê delas, manipulada de forma abusiva. Novamente pedi cesárea, e uma delas respondeu: ‘Você vai desistir?’. Senti-me ainda mais desrespeitada, até que o kiwi saiu com um pedaço de cabelo e sangue da minha filha”, relembrou ela.
Em um momento de tensão e desconforto, Juliana Didone precisou encarar sozinha a etapa final do parto, já que Flávio Rossi, seu então companheiro, foi retirado da sala. Pouco depois de sua mãe, Fátima Didone, ter sido acolhida por ela, a atriz recebeu uma ordem direta da equipe médica. “Você vai para a cesárea agora”
“Liz nasceu em 22 de abril de 2018 e ficou menos de um minuto comigo. Apenas quando retornou, viva e adormecida, consegui descansar um pouco daquela provação de 36 horas. Ela estava com ferimentos na cabeça, e eu me sentia culpada, temendo possíveis sequelas causadas por esse ‘parto humanizado forçado’. Nos primeiros 10 dias, levei a bebê a quatro pediatras diferentes. Precisava ouvir daqueles profissionais que ela não teria sequela. Passei por um longo período de negação, mas consegui superar com o apoio da minha família e com terapia. Não utilizei medicamentos; minha cura veio através da fala”, finalizou ela.
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